Tricologia
O que é Tricologia?
A Tricologia é a área da Dermatologia que estuda as doenças dos cabelos e couro cabeludo. A queda capilar é uma queixa muito comum no consultório dermatológico, gerando impacto na qualidade de vida e auto- estima. O diagnóstico correto (através da anamnese, exame dermatológico e tricoscópico) e o tratamento precoce são essenciais. O tratamento das doenças dos cabelos e couro cabeludo envolve o tratamento clínico e em alguns casos, procedimentos realizados no consultório dermatológico.
O que é Tricoscopia?
A tricoscopia é a dermatoscopia dos fios e do couro cabeludo. Foi responsável por uma verdadeira revolução no diagnóstico das doenças dos cabelos. O exame é feito através de um dermatoscópio digital que permite a visualização ampliada do couro cabeludo, dos óstios foliculares e das hastes dos pelos de .Atualmente, é um recurso diagnóstico indispensável para a avaliação de queixas relacionadas aos cabelos.
Mesmo em casos que não existem dúvidas quanto ao diagnóstico a tricoscopia ganha papel de destaque.
Ela possibilita o acompanhamento com fotos, o que permite avaliação dos resultados. Alguns autores sugerem que os achados da tricoscopia digital seriam capazes de substituir métodos de exame mais invasivos como a biópsia do couro cabeludo na maioria dos casos.


BIÓPSIA DO COURO CABELUDO
Há casos que nem o exame clínico e a tricoscopia conseguem fechar o diagnóstico, então a biópsia é feita. Para casos como as doenças que levam à cicatriz no folículo, conhecidas como alopecias cicatriciais, a biópsia pode ser muito importante para o diagnóstico.

ALOPÉCIA ANDROGENÉTICA
A alopecia androgenética, mais conhecida como calvície, pode ocorrer em homens e mulheres e se caracteriza por um afinamento progressivo dos fios, tendo entre seus fatores causais a genética e a ação hormonal. Em homens se inicia geralmente pelas entradas e pelo vértex, progredindo para região da coroa do couro cabeludo e nas mulheres se caracteriza por um afinamento mais difuso da região da coroa, com alargamento da risca do cabelo.
Se trata de uma doença progressiva, por isso o seu diagnóstico e tratamento precoces são essenciais.

ALOPÉCIA AREATA
A alopecia areata é uma doença auto-imune dos folículos pilosos, que provoca queda do cabelo. Ela acomete principalmente o couro cabeludo, mas pode acometer barba, cílios, sobrancelhas e outros pelos corporais. No seu tipo mais comum, em placas, surgem falhas circulares sem pelos ou cabelos no couro cabeludo. Alguns casos, mais raros, podem se manifestar com perda dos pelos em todo o cabelo, ou até em todo o corpo. A alopecia areata não é contagiosa. Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. Trata-se de uma alopecia não cicatricial e o tratamento vai variar de acordo com cada caso.

ALOPÉCIAS CICATRICIAIS
As alopecias cicatricias são um tipo raro de queda de cabelo, nas quais ocorre a perda permanente dos fios, pelo acometimento do folículo piloso. Entre elas temos: líquen plano pilar, alopecia frontal fibrosante, foliculite decalvante, foliculite dissecante, entre outras.
O diagnóstico precoce é muito importante, para evitar a progressão da doença, uma vez que os fios perdidos não são recuperados.

ALOPÉCIA DE TRAÇÃO
A alopecia de tração é mais comum em mulheres que usam apliques ou penteados que tracionam demais os cabelos, levando a áreas com redução da sua densidade. Caso a tração seja frequente, pode gerar áreas de alopecia definitiva, por isso o principal objetivo do tratamento é interromper o mecanismo de tração, além do uso de algumas medicações que podem auxiliar na recuperação da densidade perdida.

EFLÚVIO TELÓGENO – AGUDO E CRÔNICO
O eflúvio telógeno ocorre quando a proporção de cabelos na fase telógena (fase de queda ou desprendimento dos fios), aumenta significativamente, aumentando o número de fios que cai por dia. Alguns fatores podem desencadear o eflúvio telógeno, entre eles: pós-parto, emagrecimento em curto período de tempo, deficiências vitamínicas, durante início do uso ou suspensão de anticoncepcional oral, doenças sistêmicas como doenças da tireóide, uso de medicamentos, infecções prévias (infecção urinária, pneumonia, dengue), febre alta, pós-cirurgias, estresse agudo. Essa queda se inicia geralmente 2 a 3 meses após o evento desencadeante e pode durar até 6 meses (desde que o fator causal tenha sido interrompido).
O eflúvio crônico se caracteriza por uma alteração do ciclo do cabelo, apresentando uma queda mais crônica, com redução da densidade do cabelo ao longo do tempo – o “rabo de cavalo” fica mais fino. Nesses casos, nem sempre uma causa é encontrada, mas o tratamento busca aumentar a fase de crescimento dos fios, diminuindo a intensidade e frequência das quedas, ajudando na recuperação da densidade do cabelo.